segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Eu vi Robocop


Eu devia te escrito isso logo depois que vi o filme pra ter tudo mais fresco na minha cabeça, mas tudo bem. Ah preciso dizer que nunca tinha visto Robocop! É eu sei que é um clássico, mas acontece (acontece que tenho visto muitos dos clássicos que não vi antes só agora, como: queria encolhi as crianças, ghostbusters, Exterminador do futuro - todos os 4! - Superhomem - 1 e 2 - etc). E de quebra no dia seguinte meu namorado me fez ver o filme antigo de 1987. Dai que eu tenho coisa pra falar dos 2 e gostaria até de tentar fazer um paralelo. 

Eu achei que o que saiu esse ano ia ser uma grade reformulação em que eles mudariam muitas coisas em relação ao original. E, apesar do tema do filme ter mudado, de forma geral o filme é o mesmo. Eles até meio que "refizeram" muitas das cenas do original. Eu diria que o tema do filme atual é ética. O dono da empresa quer colocar robôs como policiais porque aparentemente todo mundo faz isso no mundo e só os EUA que não. E diz que a população é "robofobica". Dai eles mostram quão bem sucedido é la no país-que-eu-esqueci-o-nome. E você pode imaginar como foi, né? Tinha reporteres no lugar e acabou que atiraram no menino porque o robô identificou uma arma (forma que eles em pra identificar ameaça).
 Daí que eles mantem os dois tipos de robôs do primeiro. O duas-patas (que parece que ficou maior nesse filme comparando com o de 87) e o que parece gente. E eu percebi que não é um filme de bem ou mal como muitas vezes acaba sendo. Não existe o lado do bem nem o lado do mal. Eu diria que é mais a conduta de cada um que faz eles serem um pouco vilões. Na cena com a imprensa que o senado (?) diz que não porque o robô não processa certas coisas como os humanos. Dai qual a brilhante ideia do tio que quer vender robôs? Vamos fazê-los mais humanos! E é quando tudo fica mais delicado. Ele da um jeito de fazer um médico trabalhar pra ele. Vale dizer que o médico não teve muita importância no primeiro filme (e talvez nem a ciência rsss), já nesse filme ele é importantíssimo. Ele trabalha com próteses em pessoas com membros amputados. Ah, isso é um spoilerzinho, mas vale dizer. Eu acho que eles tiram mais partes do corpo dele do que o necessário! Eu achei que pelo menos o braço tava lá! O_O Enfim...

Esse filme se desenrola em ele tentar fazer um robô ficar mais humano colocando gente dentro dele. Só que não é um Iron Man, ele é o robô. Mas tambem é gente. No inicio eles fazem um teste para comparar o robô e o robo com gente. E, como ele não é maquina, ele tem uma reação mais lenta que um robô que é programado e executa o que programaram nele. Ele, como ser humano, tem medo, tem compaixão, tem empatia etc. O que dá um atraso de segundos entre a informação e a reação. E o dono da empresa, num estilo de CEO bem atual, dizer o que precisa e você que se vire pra conseguir. E é ai que a coisa fica estranha porque o cara ta vivo, tem consciência, tem família, mas ele é basicamente tratado como um produto a ser vendido, porque para o CEO é o que ele é. Ele quer vender seus robos e como ele não consegue vender do jeito que ele quer ele tenta mascarar e vender o que ele quer (maquina), mas de um jeito que seja aceito (humanizado). Aí o medico faz uma cirurgia pra enganar o cérebro dele e deixa-lo mais robo do que gente. E depois altera, bom abaixa, os niveis de sei-la-que-hormônio e meio que tira a humanidade dele. É quando ele realmente age como um robô.

O CEO é um cara meio descolado (nada de terno) e que está sempre com o cara do marketing, um cara meio novo e voz do Soluço em Como Treinar seu Dragão e a cara do legislação (a cara, porque é mulher). E eu percebi que ele basicamente quer fazer uma coisa que a lei não permite então ela ta sempre la pra dizer que a lei não permite, que é ilegal, mas aí eles que deem um jeito de distorcer a lei para fazer ou parecer legal. As mudanças que ele, dono, faz são as minimas possíveis. 

O médico me pareceu muitas vezes encurralado a participar desse... projeto. Eu acho que ele tinha seus próprios interesses para estar ali. Talvez dinheiro, talvez participação historia na historia da medicina, talvez recursos para pesquisas. Não lembro se eles dizem. E eu não sei como ele aguentou trabalhar o tio CEO. E eu acho que ele é o único personagem que se preocupa com a família. Ah, a família...

A família tem mais presença e participação nesse filme do que na versão antiga. Eles tem falas e participam, não são apenas memorias. Ela é que assina os papeis permitindo que eles façam dele o robocop. Mas parece que ele não deram detalhes... Acaba que eles decidem por ir excluindo ela mais e mais. Ela vê depois a transformação, ele chega a ir na casa, mas meio que fica por isso. Até que ela acorda e resolve cobrar seus direitos.

Não da pra falar de RoboCop 2014 sem comentar o telejornal. Eu até agora não sei como dizer o que eu quero sobre ele. Ele é sensacionalista. Ele é intimidador. Ele é completamente parcial. Ele é irrealista com os fatos. Ele é agressivo. E como parte do filme é provocador. A forma como ele apresenta as coisas é tão surreal. Ele mostra só o que interessa. Quando o robo atira na criança no inicio do filme eles cortam a transmissão porque vai contra o que eles querem mostrar (e não duvido que façam isso de verdade por ai). Ele vai fazer uma entrevista com o CEO (pessoalmente) e o Senador (virtualmente) e ele é completamente parcial em favor dos robos e interrompe, corta a transmissão do Senador de uma forma grosseirissima e distorce o que ele disse. Foi tipo um tapa na cara! Outra coisa é que esse telejornal me passou uma coisa muito americana. Bandeira no fundo, uns discursos doidos de bem para a sociedade. E me passa muito tambem essa coisa paranoica que os EUA tem. Só que no filme antigo eu não entendi qual é a do jornal. Ele é estranho e eles tambem colocam umas 'propagandas' estranhas O_o Não sei se era o sono ou se não fez sentido mesmo.

O novo filme tem um conceito diferente do antigo por isso. Ele mostra a sociedade, políticos, outros países (bom, basicamente a primeira cena) e fala mais da nação, EUA como um todo. Esse filme me da mais amplitude que o primeiro. Ah, esqueci de incluir a policia, mas acho que ela tem mais importância no primeiro.

Se em 2014 o tema é ética (no jornalismo, na empresa, na medicina e porque não dos policiais tambem) eu diria que o tema de 1987 é corrupção. Como eu disse o filme novo é amplo, mas o antigo me parece muito local. Fica entre a empresa e a policia e os criminosos (nem falei deles no novo filme! =X ). E, como eu vi esse depois eu perccebi que eles mantiveram ou refizeram muitas cenas de forma que lembre o filme original. Por exemplo:
  1. Quando eles estão mostrando a maravilhosa ideia do robô para o publico (que em cada filme é um publico diferente) e ele vai e mata alguém. Em 87 é uma apresentação interna numa sala de reunião e dada a época a desculpa é que o robô saiu do controle/falha técnica. Ou seja, deu ruim. Já em 2014 robô age como foi programado: atirar em quem tiver uma arma, que para o enredo do filme faz sentido.
  2. A cena quando ele entra atirando em um mundo de gente tá lá tambem. Em 87 é um galpão. Em 2014 é um corredor de prédio.
  3. O jornal com seu papel duvidoso
  4. Quando ele decide resolver o crime no qual ele é a vitima.
  5. E junto com isso eles refizeram a cena em que ele volta em casa e revê as cenas de um outro angulo e reconstrói a cena do crime (2014) ou revê a casa e cenas do passado (87).
  6. Quando ele vai no departamento de policia e veio que vai ameaçar o cabeça do departamento (que no filme atual é mulher o/) por envolvimento com criminosos.
em 87 você tinha que ser um
babaca de terno
hoje você pode ser um babaca
com qualquer roupa
Tem umas coisas que é interessante reparar porque elas representam a sociedade de sua época. Por exemplo, na versão antiga todo mundo esta de terno e admito que eu achei todo mundo parecido por isso. Homens velhos numa sala decidindo o destino do mundo. O que eu quero dizer é que todos os personagens são homens. Exceto a parceira dele que é mulher e eu gostei muito dela (a unica mulher no filme que eu gostei). As outras mulheres do filme são cenário: a esposa dele que é lembrança, as semi-nuas do "I'd buy that for a dollar" - que até agora eu não entendi a razão de ser disso estar lá. Suponho que representa uma forma de representar a alienação da população sobre os acontecimentos. E vale lembrar que de fato eles estavam em guerra (sabe a Guerra Fria que oficialmente só acabou 2 anos depois que o filme foi lançado?) - e uma prostituta no departamento policial e uma outra que é atacada violentamente na rua e salva pelo Robocop (essa cena é muito louca porque mostra dois caras prestes a estrupa-la, ao que tudo indica. Tenso). Ah tinha tambem a menina que ajuda o medico. E como eu disse de resto são o homens. Homens de terno! Já no atual, a chefe da policia é mulher (e negra!), a mulher da legislação, a esposa tem falas e a ajudante do médico continua lá. Acho que tinha mais, mas não lembro. E eu achei um esteriotipo colocar um jovem em marketing rsss. E o CEO ele, como eu já disse, tem um visual mais relaxado. Outra muito curiosa é a representação dos criminosos. Em 87 eles são praticamente figurantes de Bad de Michael Jackson! hahaha Dificil acreditar que eles eram mesmo assim. xD O jeito de falar e se comporta super tosquinhas. Eles se encontram nos becos e galpões abandonados. Tudo mundo escuro. E hoje os crimisos são ricos andam de carrões e provavelmente voam de primeira classe. E é assim que são representados. Eles se encontram em restaurantes (?) e são bem chiquinhos. Nada de becos e babacas (affe como os caras são babacas na versão antiga!). E como eles eram sanguinários no passado. A graça é mostrar uma explosção de sangue a cada bala! Nada de deixar duvidoso. E vendo o antigo eu tive a sensação que eu não vi uma gota de sangue no atual. E hoje a gente vai ver mais bandeira dos EUA do que no antigo! Não sei porque.


Como robô ele só tem a capacidade de gravar o que as pessoas dizem. Fazer videos. O robô de hoje, como um celular, tem incontáveis funções. Ele tem acesso as câmeras de segurança, a lista de procurados,  escaneia rostos, identifica emoções e provavelmente tem GPS (quem não tem? rs). E posso falar que o lance dele ter uma mão humana dar um ar mais humano a ele? E uma cabeça completa me agrada muito. Aquele lance de ser só um rosto que parece um pano me incomoda. E na versã antiga você nem sabe o que sobrou dele. Mas acho que tocam no assunto numa das continuações...



E realmente ele fica melhor com uma moto do que de carro. Ele fica #depre de carrinho rss A moto boladona dele tem tudo a ver! Mas, sim, to sabendo que ele ganha moto na continuação. Lembra um pouco o Tron ou Batman (?). Sei la a tendencia dessas motos é tudo muito gigantesca e monstruosa...

E por fim, não achei nenhum dos dois atores bonitos \o/ Mas ficam muito bem mostrando só a boquinha rss E eu percebi que os dos atores são magrinhos (nenm ali vai substituir o Thor por exemplo rss) mas fiquei pensando se isso faz parte do perfil que eles procuravam ja que eles teriam que construir a roupa pra eles. Daí imagina né! Como seria se um... Arnold Schwasoihaosijoasklnger da vida vestisse uma roupa daqueles ele fica ficar 5x o tamanho dele - que não é pouca coisa hehehehe.  

Daí é isso. Achei o filme interessante, com muitas coisas pra pensar e não esperava que fosse um filme critico. Achei q era mais uma grande desculpa pra ver robôs ou sei la... Surpreendeu.


*O post não ficou como eu queria, mas to sem tempo de editar... fica pra outra hora se um dia eu parar pra fazer isso rss





sábado, 22 de fevereiro de 2014

Do What You Want da Gaga - meus pensamentos feministas

Queria ser uma feminista boladona pra fazer esse post, mas enquanto isso não acontece vou escrever esse post só sendo a feminista que sou hoje rs.

Não tinha pensado na Lady Gaga como feminista até ler "Como ser mulher - manifesto feminista" da Caitlin Moran, onde ela comenta algumas coisas da imagem da Gaga.
Lady Gaga é uma personagem curiosa no mundo da musica atual. Se não me engano ela sofreu bullying (foi mal, mas pra mim ela tem cara de que foi nerd no passado e eu diria até tímida [procure fotos antigas dela]) e hoje ela passa esse poder e confiança pra muitas minorias, mas acho que em boa parte gays. 

Apesar dela estar basicamente de calcinha e sutiã (como muitas famosas - curiosamente sempre mulheres) quando não esta com roupa estranha, depois que eu li o livro percebi que a sensualidade dela é outra. Ela não fica sendo diva como uma Mariah Carey da vida. Ela volta e meia aparece de uma forma.... menos comercial, digamos assim. E a dança dela tambem não é muito sensualizada com as outras - não que não tenha sensualidade, mas não da forma como vemos com outros artistas. Daí que quando eu ouvi Do what you want da primeira vez pareceu ruim. É muito permissivo. E eu não entendi muito alem disso sem ver a letra. Mas alguma coisa me dizia que a musica tinha algo de positivo. Pois bem, ontem decidi ver a letra e gostei muito. Não é o tipo de musica que diz muita coisa já que boa parte dela é o refrão, mas ela começa muito bem.

"I feel good, i walk alone" São as duas primeiras frases da musica. Duas coisas que o machismo não permite: uma mulher se sentir bem com ela mesma ou andar sozinha. E eu tambem gosto de como ela fala essas duas frases. Dai ela parte pro " i trip up on myself and i fall" que eu não vejo como uma coisa ruim porque todo mundo tropeça em algum momento da vida e cai. Mas ela levanta e está bem! Ela segue em frente. A queda não vai parar ela. A frase "and then you print some shit and make me want to scream" me deixou confusa porque parecia que mudou de assunto. Aí você(s) imprime(m)?? Quem geralmente imprime é midia. Achei que podia ser uma coisa mais pessoal dela com a imprensa, mas pensando bem pode servir pra nós como mulheres. Quantas vezes não vemos a mídia ditando como devemos ser, nos apresentar? E ela tem a reação que nós todxs deveriamos ter: gritar. "So do what you want with my body" acaba for ser uma frase muito sexual e permissiva, mas eu prefiro olhar de uma forma positiva. Eu prefiro ver como liberação sexual da mulher onde ela permite com consciência (e não forçada ou inconsciente nem envergonhada) o uso do seu corpo. E essa frase ganha esse sentido quando ela diz as seguintes frases no refrão " you cant have my heart and you wont use my mind" e "you cant stop my voice cause you dont own my life". Quanto poder! Você não pode ter meu coração e você não vai usar a minha mente. Você não vai conter a minha voz porque você não manda na minha vida, mas pode fazer o que quiser com o meu corpo. Eu gostei. Não, eu adorei! E a intona;'ao tambem é tudo! Ela não consente o coração, a mente nem a vida e ainda garante que não vai se calar! Que tudo!! E pra completar "escreva o que quiser diga o que quiser sobre mim. Se você estiver se perguntando eu não me arrependo".

Mas ela não canta sozinha. O R. Kelly, um rapper, tem uma participação. O que eu acho valido é que considerando o que geralmente eles (esse tipo de cantor) dizem até que não foi degradante como sempre. Ele basicamente descreve um estilo de vida meio alto padrão e, posso falar? Pareceu mais uma coisa de casal, ou relacionamento fixo do que uma coisa de "pegar" mulher. E parecia que ele queria completar ela "I could be the drink in your cup. I could be the green in your blunt" Não chega a ser a melhor frase do universo, mas eu sinto que ele quer perticipar da vida dela, digamos assim. Afinal, ela anda sozinha e se cair se levanta e esta bem!

Aí vem a parte em que ela admite que tem medo que ele vá embora. Confesso que pra mim esse pedaço quebrou um pouco a musica, mas quer saber todos temos coração e nos apegamos a pessoas. Quem ia querer que uma pessoa querida te deixe?? Então apenas use meu corpo (e não meu coração...).

Eu gosto da Lady Gaga não só por sua musica, mas porque eu comecei a perceber que tem muito mais nela do que os olhos podem ver. Achei que ela fosse se perder com o tempo, mas ela se firmou e eu percebi que ela é muito talentosa, muito inspiradora para muitos grupos e eu acho que ela acolheu muita gente. Espero que ela sobreviva ao mundo da musica e não se perca em drogas ou qualquer desses dramas de popularidade que a fama gera. E eu? I feel good and I walk alone U_U




*Daí que acabou que escolhi um video em que ela troca a parte do R. Kelly por outra letra...

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